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O sistema imune contra o câncer

27/02/19

A imunoterapia contra o câncer ganhou o prêmio Nobel de Medicina em 2018. O Instituto Karolinska, na Suécia, coroou dois pesquisadores da área da imunologia: James P Allison, dos Estados Unidos, e Tasuku Honjo, do Japão. Eles desenvolveram duas moléculas que ajudam o nosso sistema imune a combater o câncer.
Uns dos medicamentos é o anti-CTL-4, um anticorpo que se liga ao CTLA-4, presente na superfície do linfócito T. O CTLA-4 tem o papel de frear a ação da célula de defesa, no entanto, quando o anticorpo anti-CTLA-4 é administrado, ele consegue tirar esse freio do nosso sistema imune e fazer com que o linfócito T ataque mais o tumor.
A outra molécula desenvolvida foi o anti-PD-1, pelo pesquisador japonês Honjo. Neste caso, o anti-PD-1 ajuda o sistema imune a reconhecer o tumor, aumentando também a chance do linfócito T, já ativado, de combate-lo. Desta forma, é possível melhorar a resposta ao tratamento e o controle da doença.
As duas moléculas já estão disponíveis no Brasil e podem ser utilizadas para alguns tipos de câncer. Os melhores resultados com a imunoterapia, como ficou conhecida, são observados em câncer de pele (Melanoma), alguns tipos de câncer de pulmão, rim, cabeça e pescoço, bexiga e cânceres hematológicos (Linfoma). A imunoterapia também está sendo estudada em outros tipos de tumores, como mama, ovário, intestino e fígado. Em breve, certamente iremos ampliar as indicações para essa terapia inovadora. Aqui no Cionc, já foram mais de 50 pacientes tratados com imunoterapia.